Uvas brancas que todos devem conhecer e provar

Alguns conhecimentos são essenciais nas nossas vidas. São ensinamentos aprendidos dentro de casa, na escola e até nas ruas.

No mundo do vinho não é diferente. Podemos apreciar um vinho apenas por suas características básicas, cor, aroma e sabor, e não há nada de errado nisto.

Para alguns iniciados, conhecer o que está por trás desta mágica que cria cor, aromas e sabores, agrega um grau maior de satisfação e prazer. É a partir deste conhecimento que nos habilitamos a fazer ótimas escolhas e, quem sabe, um dia, sermos reconhecidos como “experts” no assunto.

Especialistas ou neófitos, sabemos que a elaboração de um vinho começa no vinhedo: a uva é a estrela. Não são poucas, estima-se em 10.000 variedades distintas. Deste universo, apenas algumas são usadas para a produção desta bebida, entre tintas e brancas.

Vamos conhecer as castas brancas mais famosas:

Chardonnay – Considerada como “a uva branca padrão”, tem sua origem na região da Borgonha, França, onde dois estilos de elaboração se destacam: o uso, ou não, de barricas de Carvalho para o amadurecimento.

O que passa por madeira é mais encorpado e redondo, enquanto os que não usam este recurso são mais ácidos e diretos, como o famoso Chablis.

Produtores de todo o mundo elaboram um Chardonnay ao seu estilo, sempre calcados nestes dois.

Sauvignon Blanc – Disputa com a anterior a primazia de ser uma casta de referência. Também originária da França, das regiões de Bordeaux e Loire e se espalhou pelo mundo, criando estilos regionais que chegam a ser mais importantes que os originais, por exemplo, Nova Zelândia e Chile.

Quase nunca passa por madeira. É um vinho refrescante e muito gastronômico.

Alvarinho/Albarinho – Casta típica da Península Ibérica, onde são produzidos vinhos deliciosos, como os da região do Minho (vinho verde) e na região espanhola de Rias Baixas. Também ganhou o mundo com seu estilo leve, muito aromático, boa acidez e capacidade de guarda.

Na América do Sul há ótimos rótulos uruguaios e brasileiros. Um vinho muito adequado para o nosso clima e estilo de comida.

Riesling – Por muito tempo considerada como a “rainha das uvas brancas”, é mais caracterizada e conhecida pelo estilo alemão, onde o seu lado adocicado é enfatizado, seguindo os “predicados” das normas de produção daquele país.

Os de estilo seco são muito minerais e chegam a desenvolver aromas de “petróleo” quando abertos. Já os mais adocicados, que custam muito caro, são perfeitos como vinhos de sobremesa.

Moscatel – Também conhecida como Muscat ou Moscato, é um grupo varietal em lugar de uma única casta. Muito doce, encontrou seu lugar de destaque num estilo de vinho espumante muito apreciado. O Brasil se destaca mundialmente neste estilo.

Seus vinhos tranquilos são muito saborosos, com corpo de leve a médio e baixo teor alcoólico. A região da Alsácia é famosa por este estilo.

Curiosamente, sua origem está na antiga Grécia de onde foi levada para a França, se espalhando para diversos outros países. Na vizinha Itália, o Moscato d’Asti é um de seus vinhos icônicos.

Poderíamos incluir algumas outras nesta primeira relação, mas o texto certamente ficaria longo e enfadonho.

Para os mais aventureiros e que gostam de trilhar outros caminhos, aqui estão mais alguns nomes: Pinot Grigio; Chenin Blanc; Torrontés; Gewürztraminer e Viognier, sobre as quais podemos falar mais à frente.

Vinhos de todas estas castas mencionadas são facilmente encontrados no nosso país. Os mais raros e caros, são os Riesling, sejam da Alemanha, Áustria o da francesa Alsácia. Não confundam com o Riesling Itálico, muito comum no Brasil.

Chardonnay da Argentina, Chile e Uruguai são muito bons. Sauvignon Blanc chileno é outra estrela. Alvarinho português tem ótima distribuição por aqui. Já os espanhóis, uruguaios e brasileiros são mais difíceis de encontrar.

Para provar o Moscatel, escolham um bom espumante nacional e se deliciem com uma bela sobremesa. Para os que gostam de combinações exóticas, experimentem harmonizar com comida Thai, bem picante.

Saúde e bons vinhos!

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Levando o seu vinho para um restaurante

Um dos grandes prazeres de um enófilo é levar uma de suas “raridades” para desfrutar com os amigos, num restaurante.

O que deveria ser um ato normal e corriqueiro pode ser tornar um grande aborrecimento se não respeitarmos algumas regras básicas de boas maneiras.

A primeira, e muito importante, é saber qual é política adotada, pelo local escolhido, para aceitar um vinho fora da sua carta. Sempre há uma “taxa de serviço de vinho”, vulgarmente conhecida como “rolha”. Esta cobrança existe para cobrir o custo de eventuais perdas de taças e outros acessórios. Deve ter um valor aceitável e, em determinadas condições, pode ser negociada.

O problema são os abusos, tanto por parte do restaurante quanto de quem está levando o vinho.

Recentemente, aqui no Rio de Janeiro, uma série de bons restaurantes que tinham como marketing não cobrar “rolha”, mudaram radicalmente sua postura, liberando apenas 1 garrafa por mesa. As garrafas subsequentes estão sujeitas a uma pesada taxa.

Para não passarmos por situações constrangedoras, aqui estão algumas regras de boa convivência.

1 – Liguem e se informem sobre a política da casa. Aproveitem para saber mais sobre a carta de vinhos e o cardápio.

2 – Escolham com muito cuidado a garrafa que será levada.

Esqueçam vinhos comuns e os que estão na carta do estabelecimento. O ideal é levar um vinho de alta gama e que combine com os pratos da casa.

Quanto mais sofisticado for o restaurante, melhor deverá ser o vinho levado.

3 – Um dos truques que podem facilitar a vida de todos é comprar uma garrafa da carta, para complementar a que está sendo levada. Por exemplo: se o vinho for um tinto, escolha um branco ou um espumante da casa.

4 – Mesmo com rolha livre, habituem-se a duas coisas: além da gorjeta incluída na nota, gratifiquem o Sommelier, baseado no valor da garrafa.

Um gesto que sempre é visto com muita simpatia é oferecer uma prova do que está sendo degustado.

5 – Com relação ao serviço do vinho, esperem o básico. Nada de taças especiais, decantadores ou acessórios sofisticados.

Se realmente forem necessários, é melhor combinar antes ou levar junto com o seu vinho.

6 – Caso a taxa de rolha informada for considerada como “abusiva” e diante de uma recusa em negociá-la, deixem claro que não vão mais frequentar esta casa em razão disto.

Sejam educados, mas firmes, não aceitando a prepotência dos “restauranteurs”. Eles são negociantes de alimentos e não de bebidas. Não faz sentido terem lucros exorbitantes no vinho ou em outras bebidas alcoólicas. Algo não está certo neste tipo de estabelecimento.

7 – Se o número de garrafas a serem levadas for grande, por exemplo, na reunião de uma confraria, é de bom tom que alguns vinhos sejam fornecidos pela casa. Negocie tudo no momento de fazer a reserva.

8 – Imprevistos sempre acontecem. Um dos mais comuns é o vinho que levamos estar com algum problema. O plano “B” mais simples é escolher um vinho da carta. Peçam ajuda ao Sommelier para indicar uma boa alternativa, tendo como base o vinho em questão.

Saúde e bons vinhos!

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Flores, chocolate ou vinho?

Em poucos dias, exatamente no segundo domingo do mês de maio, comemoraremos o Dia das Mães, uma data festiva com uma curiosa história.

Tudo começa na América do Norte, em 1858, quando Ann Maria Reeves Jarvis funda o “Mother’s Day Works Clubs”, com a finalidade de ensinar como cuidar melhor de seus filhos. Esta associação se tornou muito importante, inclusive durante a Guerra de Secessão nos EUA, ajudando a melhorar a qualidade de vida dos feridos.

Coube a Anna Jarvis criar uma data para reverenciar sua mãe. A primeira celebração ocorreu em 12 de maio de 1907, quando cria um memorial para Ann Marie. O feriado nacional foi reconhecido em 8 de maio de 1914, fixando o segundo domingo de maio como o dia a ser celebrado.

No Brasil, a celebração foi trazida pela Associação Cristã de Moços, do Rio Grande do Sul, ocorrendo no dia 12 de maio de 1918. Logo depois a ideia se espalhou pelo país. O Governo Federal oficializou o 2º domingo de maio como Dia das Mães em 1932.

Não é uma data universal. Mesmo entre os países de língua portuguesa, por exemplo, há diferenças de tradições. Portugal comemora no 1º domingo de maio.

Esta data, como outras análogas, tem grande impacto no comércio local, fazendo a alegria dos lojistas. Também é pretexto para boas reuniões familiares, sempre com mesas fartas, geralmente elaboradas pelas homenageadas, que neste dia deveriam ser mais do que paparicadas.

E são muitas “mães” que nos cercam, a nossa progenitora, a avó, a mãe de nossos filhos e até mesmo a namorada do momento que, um dia, pode se tornar mãe.

Aliás, esta é uma bela “indireta”, que não vai deixar dúvida sobre as intenções de um mancebo…

Então, nada mais justo do que presenteá-las, regiamente. Opções não faltam, o título desta coluna já traz algumas, vinho entre elas.

Para acertar neste presente, um pouco de planejamento se faz necessário. Nada de se distrair e, no dia, sair correndo para o mercado e comprar uma zurrapa qualquer, arranjar uma embalagem bonita e entregar.

Para evitar um constrangimento desta ordem, o ideal é começar a comprar já. Atualmente, desde as grandes lojas de vinhos, as importadoras, as vinícolas e outros comerciantes já disponibilizam vendas online. Vocês não precisam nem sair de casa ou do trabalho para fazer uma grande compra e recebê-la com tempo hábil para entregar um grande presente.

O próximo passo é escolher o que comprar. Se a homenageada não é uma apreciadora de vinhos, escolha outros caminhos. Caso contrário, vamos em frente.

Tradicionalmente o paladar feminino prefere vinhos brancos mais frutados. É uma aposta segura. Castas como a Torrontés, Alvarinho/Albarinho, Pinot Grigio/Pinot Gris são algumas sugestões. Para um paladar mais treinado, Chardonnay e Sauvignon Blanc sempre agradam. As melhores regiões produtoras, seguindo a ordem, Argentina, Portugal e Espanha, Itália, França e Chile.

Não podemos deixar de lembrar que algumas de nossas vinícolas boutiques estão produzindo pequenas joias com algumas destas uvas. Não são fáceis de comprar, sendo comercializadas somente pelos produtores, o que reforça o propósito deste texto. (listagem no final)

Embora nosso clima não favoreça o consumo dos tintos, para algumas das grandes damas de nossa vida, cabe um deles. Aqui o sucesso seriam as casta pouco tânicas: Pinot Noir, há ótimos no Chile; Barbera e Dolcetto, típicas do Piemonte; Gamay (Beaujolais), a “segunda” uva da Borgonha, que todos apreciam, mas não admitem, nem sob tortura.

Para desempatar esta escolha, e ainda acrescentar um visual encantador, que tal escolher um belo vinho rosado? Aqui não importam muito as castas, mas a origem, sobretudo. Os mais famosos e muito bons são os da região da Provence, França. Espanha, Portugal, Itália, Argentina, Chile e Uruguai produzem excelentes rótulos que estão disponíveis no nosso país. Sempre uma ótima compra.

A última sugestão são os espumantes. Perfeitos, como uma luva, para as mães mais sofisticadas e elegantes, dignas de um carinho deste calibre.

Se o orçamento permitir, Champagne. Não tem erro.

No Brasil temos espumantes de excelente qualidade. Alguns copiam a fórmula francesa, outros seguem o caminho do Prosecco e há uma turma que cria a sua própria receita partir de castas como Riesling Itálico, Moscato e Moscatel, fazendo vinhos com muito sabor e personalidade.

Outra boa opção são os “Pet-Nat”, espumantes elaborados com uma técnica chamada de “ancestral”, muito popular entre os produtores dos vinhos naturais. Um presente certeiro para uma mãe moderna e descolada.

Tudo isto em branco ou rosado.

Ao final desta coluna listaremos algumas vinícolas fora do “main stream” mas com produtos de alta qualidade. Lembramos que não temos nenhum vínculo comercial com elas. A relação é indicativa, apenas.

Mãos à obra que temos muito tempo pela frente para cumprir esta missão!

Saúde, bons vinhos e bons presentes!

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Vinícolas sugeridas:

Franco Italiano (Paraná) – https://www.francoitaliano.com.br/

Marques Pereira (Mte. Belo do Sul) – https://casamarquespereira.com.br/

Vanessa Medin (Bento Gonçalves) – https://vanessakmedin.com.br/

Vinha Unna (Pinto Bandeira) – https://www.vinhaunna.com.br/

Foppa & Ambrosi (Garibaldi) – https://tenutafa.com.br/

Leone di Venezia – (São Joaquim) – https://www.leonedivenezia.com.br/

Santa Augusta (Videira SC) – https://santaaugusta.com.br/

Villaggio Grando (Água Doce SC) – https://www.vinicolavg.com.br/

Vinhas do Tempo (Encruzilhada do Sul) – https://vinhasdotempo.com.br/

Villa Santa Maria (S. Bento do Sapucaí) – https://villasantamaria.com.br/

Era dos Ventos (Bento Gonçalves) – https://eradosventos.com.br/

Arte da Vinha/Eduardo Zenker – site desativado. Há revendedores online

Descubram mais produtores:

Encontro com Vinhateiros 1

Encontro com Vinhateiros 2

Qual o melhor método para fechar uma garrafa de vinho?

O velho debate sobre rolhas e tampas de rosca ganhou novos contornos que podem mudar, significativamente, os conceitos habitualmente discutidos.

Primeiro um pouco de história, afinal, vinho, além de ser uma deliciosa bebida, sempre vem acompanhado de uma boa dose de cultura.

A rolha é a forma mais tradicional de fechamento das garrafas. Os grandes vinhos do mundo as utilizam até hoje, com algumas boas exceções, por exemplo, vinhos australianos e neozelandeses.

Um dos fatores determinantes na escolha do tipo de fechamento é o impacto do custo, de cada solução, no preço final do produto. Esta foi uma das razões para o surgimento das tampas de rosca “Stelvin” e de outras tecnologias como as rolhas aglomeradas, sintéticas ou mistas, destacando as das marcas Diam e Normacorc, cápsulas de vidro, chapinha de garrafa e outras menos populares.

O debate sempre girou em torno dos prós e contras de cada tipo de fechamento. Há uma crença, bem difundida, sobre as tampas de rosca serem típicas dos vinhos de menor qualidade.

Nada mais longe da verdade, entretanto. Alguns vinhos Top, como o australiano “Henschke’s Hill of Grace”, que custa perto de R$ 10.000,00, no Brasil, usa a “questionável” tampa de rosca.

Os detratores das rolhas se apoiam em alguns casos, bem conhecidos, de lotes de garrafas contaminadas por TCA (Tricloroanisol), um fungo que deixa o vinho com um desagradável cheiro de mofo, “bouchonné”, no nosso jargão. (já existem rolhas imunes a este fungo)

Criticam, também, que, mesmo para os vinhos de grande longevidade, fechados com rolhas de primeiríssima qualidade, uma troca da rolha, em algum ponto de sua “vida”, se fará necessária. Rolhas não são eternas.

Um terceiro fator que tem sido bastante considerado nos dias de hoje é o impacto ambiental. A rolha é um produto de origem vegetal, obtido a partir da casca dos Sobreiros, que levam, em média, 9 anos para recompor esta casca e possibilitar novas rolhas.

A grande novidade veio de um extenso trabalho de pesquisa e desenvolvimento realizado por um dos grandes produtores de cortiça, a empresa portuguesa, M.A.SILVA.

Em busca de compreender melhor a relação entre os vinhos e as diferentes formas de fechar uma garrafa, pesquisaram como se comportam mais de 1.000 compostos químicos presentes no vinho, sob os mais diferentes tipos de vedação.

A conclusão preliminar foi que nem todo vinho, por melhor que seja, vai se beneficiar usando rolhas de cortiça, mesmo em longos tempos de adega. Da mesma forma, as cápsulas de rosca podem trazer mais benefícios, mesmo para um vinho de “entrada”, do que os fechamentos tradicionais.

Tudo vai depender da estrutura química de cada vinho!

Na teoria, cada vinificação tem uma identidade própria que decorre da safra (ano de elaboração), das condições climáticas, das uvas empregadas e até dos ajustes feitos no processo de elaboração.

A expectativa é que se consiga definir qual a melhor forma de fechamento a partir destas identidades. Acreditam que sempre haverá uma solução, ideal, para cada caso.

Além do fator custo, um outro parâmetro deve ser levado em conta: qual solução garante o melhor resultado?

A velha discussão sobre quem é melhor ou pior fica menos interessante quando se compreende que o importante é manter e preservar as qualidades organolépticas do vinho, da melhor forma possível.

A conclusão e implementação dos resultados deste interessante trabalho ainda vai levar muito tempo. Não são ideias para serem aplicadas “amanhã”.

Mas, em breve, poderemos nos deparar com curiosidades como um mesmo vinho, usando rolha numa safra e tampa de rosca em outro ano. Ou, quem sabe, passar a identificar um vinho por seu tipo de fechamento.

Saúde e bons vinhos!

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O Vermute Martini & Rossi

Nossa aventura final, na Itália, foi participar da “Martini Experience”, uma agradável visita à fábrica deste conhecido Vermute, que fica nos arredores de Turim, região do Piemonte.

Para alguns leitores menos atentos, isto pode parecer uma heresia, mas não é: o Vermute é um vinho, muito especial, que foi infusionado com ervas e especiarias e, posteriormente, fortificado.

Originalmente esta mistura era usada como um medicamento. Um dos mais populares era um produto alemão, para curar “males do estômago”, elaborado com vinho e absinto, ou “wermut”. Vem daí o nome que usamos hoje.

A visita tem duas etapas, um passeio por alguns salões que nos contam a história da empresa, e um igualmente interessante percurso pela área de produção.

A empresa começou como “Distilleria Nazionale di Spirito di Vino”, em 1850. Seu proprietário era Teofilo Sola. Entre os empregados, estavam o contador Alessandro Martini, e o encarregado das vendas, um criativo herbalista e especialistas em destilados, Luigi Rossi.

Sola faleceu em 1879. Martini e Rossi assumem a empresa, mudando sua denominação, que ficou conhecida mundialmente. Desde 1993, pertence ao grupo Bacardi, um dos maiores produtores de bebidas alcoólicas.

Quem criou o icônico vermute foi Luigi Rossi, uma receita especialíssima e secreta, que envolve mais de 30 insumos entre ervas, especiarias, cascas de frutas, obtidas em diversos locais do planeta.

O vinho, que compõe 75% do volume desta bebida, não é como o que estamos habituados. É uma vinificação muito cuidadosa, denominada “flower wine” ou “vinho flor”: não tem aromas e nem sabores. Tem que ser absolutamente neutro para não influir no resultado final.

A receita está guardada num banco suíço e somente 4 pessoas têm acesso a ela. Não podem nem viajar juntos, para evitar o que seria uma verdadeira desgraça…

Na 1ª parte, percorremos um verdadeiro museu que conta toda a história de empresa e de sua influência na Itália e no mundo. São diversas atividades imersivas ou participativas, como sentir aromas e texturas de alguns dos insumos, passear numa extensa galeria dos produtos, novos e antigos e até aulinhas, em vídeo, sobre o preparo de famosos coquetéis.

Um dos destaques é a coleção de títulos e troféus, principalmente na área automobilística: impressionante.

O marketing esportivo sempre esteve presente na Martini, patrocinando desde esportistas até famosas competições. Este tipo de ação se estende, também, na área cultural.

Um show!

O ponto alto do percurso pela fábrica é a chegada na catedral (foto a seguir). Lá está toda a produção do Martini. Nenhuma gota é feita fora da fábrica original.

O passeio termina com a degustação de 3 produtos. Neste dia nos ofereceram o Reserva Especial, o campeoníssimo Martini Rosso e um espumante Asti! (foto de abertura)

Sim, nos serviram um espumante tipo Asti elaborado pela “poderosa” Martini que, além deste, produz um bom Prosecco. Detalhe, ambos são vinhos de regiões demarcadas, mas para a Martini & Rossi há condições muito especiais.

Somente parte do processo é feita na região original. O resto é finalizado na fábrica de Turim.

Uma deliciosa experiência.

Saúde e bons vinhos!

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